O pensamento ético de Aristóteles: uma breve reflexão

Aristóteles expõe seu pensamento ético em três obras: Ética a Nicômaco ou Ética Nicomaqueia, Ética a Eudemo e a Grande Moral ou magna moralia. A ética aristotélica é uma "ética dos bens ou dos fins" (ACHA & PIVA, 2013, 13). Ela admite a existência de um valor absoluto: o "bem supremo" o qual é identificado com a felicidade ("eudaimonia"). Na Ética a Nicômaco, comentam Acha e Piva (2013, 32), Aristóteles diz que “a felicidade é o bem último. A felicidade é aquele estado a que todos aspiravam por natureza".
A ética aristotélica, prosseguem Cortina e Martínez (2005, p. 10-11), é um “saber prático" que visa orientar a ação humana na direção de uma "boa vida". Neste domínio do "saber prático", acrescenta Marcondes (2013, 37), o intuito de Aristóteles é "estabelecer sob que condições podemos agir da melhor forma possível tendo em vista o nosso objetivo primordial que é a felicidade". Logo vemos que “boa vida” e “felicidade” se implicam.
Tendo em vista orientar a ação humana na direção da felicidade, Aristóteles na Ética a Nicômaco pergunta-se "no que consiste essa felicidade e como é possível ao ser humano alcançá-la" (MARCONDES, 2013, 37). Em sua investigação, o filósofo examina a natureza humana e suas características definidoras do ponto de vista ético: as virtudes. Aristóteles demonstrará que quanto maior for o número de virtudes que o indivíduo pratica, mais virtuoso ele será, e que a prática consciente da virtude (“areté”) está diretamente relacionada à felicidade que é um “bem em si”.
Hoje perguntamo-nos se a ética aristotélica, em que a felicidade é um bem em si mesmo e que coincide com uma prática existencial virtuosa, é compatível com as tendências de ação predominantes entre os homens contemporâneos. Em nossa época, parece predominar o contrário, ou seja, a felicidade não é concebida como um bem em si mesmo, mas identificada com uma série variável e indefinida de coisas (prazeres, honrarias, riquezas, objetos, etc.) que são buscadas como se fossem, cada uma delas, a felicidade, mas, nas palavras de Aristóteles (2002, p. 15-16): "uma coisa buscada como uma finalidade em si mesma é mais completa do que uma buscada como um meio para alguma coisa".
A ética aristotélica, prosseguem Cortina e Martínez (2005, p. 10-11), é um “saber prático" que visa orientar a ação humana na direção de uma "boa vida". Neste domínio do "saber prático", acrescenta Marcondes (2013, 37), o intuito de Aristóteles é "estabelecer sob que condições podemos agir da melhor forma possível tendo em vista o nosso objetivo primordial que é a felicidade". Logo vemos que “boa vida” e “felicidade” se implicam.
Tendo em vista orientar a ação humana na direção da felicidade, Aristóteles na Ética a Nicômaco pergunta-se "no que consiste essa felicidade e como é possível ao ser humano alcançá-la" (MARCONDES, 2013, 37). Em sua investigação, o filósofo examina a natureza humana e suas características definidoras do ponto de vista ético: as virtudes. Aristóteles demonstrará que quanto maior for o número de virtudes que o indivíduo pratica, mais virtuoso ele será, e que a prática consciente da virtude (“areté”) está diretamente relacionada à felicidade que é um “bem em si”.
Hoje perguntamo-nos se a ética aristotélica, em que a felicidade é um bem em si mesmo e que coincide com uma prática existencial virtuosa, é compatível com as tendências de ação predominantes entre os homens contemporâneos. Em nossa época, parece predominar o contrário, ou seja, a felicidade não é concebida como um bem em si mesmo, mas identificada com uma série variável e indefinida de coisas (prazeres, honrarias, riquezas, objetos, etc.) que são buscadas como se fossem, cada uma delas, a felicidade, mas, nas palavras de Aristóteles (2002, p. 15-16): "uma coisa buscada como uma finalidade em si mesma é mais completa do que uma buscada como um meio para alguma coisa".
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Foto: Creative Commons
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHA, J. A.; PIVA, S. I. Ética I. Batatais: Claretiano, 2013.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2002
CORTINA, A.; MARTÍNEZ, E. Ética. São Paulo: Loyola, 2005.
MARCONDES, D. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. São Paulo: Jorge Zahar, 2013.
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