Psicanálise & Cinema: 12 Homens e uma Sentença
por Elenice Milani | 13 de Julho de 2024
DIREITO & PSICANÁLISE
Enquanto a psicanálise se interessa pelo indivíduo em sua singularidade, o direito designa o conjunto das regras de conduta que se impõe a todos os membros da sociedade. Parece difícil, pois, o diálogo de duas disciplinas com objetivos tão díspares.
Contudo, o necessário teste de suas relações com o humano leva a psicanálise a não se desligar do que alicerça os valores da sociedade. Não pode, portanto, renunciar a interessar-se pelo direito, o que a leva a formular de modo diferente certas questões.
Além disso, a descoberta de um Freud que se exprime como jurista permite uma interpretação nova para alguns de seus escritos.Embora se tenha debruçado ocasionalmente sobre certos aspectos do processo penal (1906, 1916, 1931), Freud nunca procurou explicitar as possíveis interações entre direito e psicanálise.
Não obstante, as questões da culpa e do crime — através, por exemplo, do parricídio e do incesto de Édipo — encontram-se colocadas de maneira tão central em sua obra que tornam inevitável o confronto dessas duas disciplinas, o crime — ainda que perpetrado de maneira inconsciente — conduzindo ao processo.
É no momento em que renuncia a uma carreira jurídica, em proveito do estatuto das ciências da natureza, que Freud cuidará os milenares dossiês da natureza para ser testemunha de seus processos eternos. O emprego desse termo jurídico não ficará isolado dos escritos freudianos.
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@elenicemilani @marcelojanot
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